sábado, 17 de maio de 2014

DA FOLHA DO ESTADO - Quando Maggi aceitar a disputa, claro, não terá que bancá-la!


Marisa Batalha


Lembram-se daquela história de que o governador peemedebista Silval Barbosa já estava de malas prontas para deixar o governo para o seu vice, Chico Daltro, do PSD. E que nada o faria mudar de ideia quanto a disputar uma cadeira no Senado. Pois é! Não aconteceu. E isto era altamente previsível por uma série de situações. Mas a isto não se dá nome de ‘balela’, chamamos isto da forma ‘politicamente correta’ de declínio de uma proposta.
Agora, já sabíamos, de antemão que Silval ficaria pelo fato simples de que por trás de algumas decisões políticas, há centenas de outras, inclusive compromissos firmados e negociações realizadas, sem falar, obviamente, que seria difícil para Silval deixar de ser o Governador da Copa, apesar da morosidade na entrega das obras, de algumas que não ficarão prontas em tempo viável para o Mundial como o VLT e o Aeroporto e mesmo que pela sétima vez tenha anunciado a prorrogação na inauguração da Arena Pantanal.Sua decisão estava no ar muito antes do governador vir à público para assumi-la.
Da mesma forma, está no ar que o senador Blairo Maggi (PR) vai ser o candidato na disputa pelo Paiaguás. Mesmo que, reiteradas vezes tenha afirmado que não disputará o governo, chegando mesmo a chamar uma coletiva de imprensa para anunciar quanto a sua decisão. Neste dia, prova de que algo de misterioso ronda nosso senador, ele não conseguiu fechar todas as janelas para esta possibilidade. Seja pela forte pressão da presidente Dilma Rousseff (PT) que precisa que ele dispute o Governo de Mato Grosso e assegure um palanque forte para ela no Estado. Seja pelos compromissos que têm com a base de sustentação do governo de Silval, que diga-se de passagem, ele, sem dúvida, é hoje seu melhor ancoradouro

Nesta última segunda-feira (5), por exemplo, Maggi revelou que a presidente e o próprio Lula estão em cima dele como abelhas. A resposta alegre – não é porque eu não serei candidato que não estarei no palanque, e não darei apoio a ela – é a prova de que Blairo nunca andou em águas tão mansas.

O que quer dizer isto? Ele (Maggi) está conseguindo criar as condições necessárias para que não só o projeto da presidente Dilma tenha sucesso no Estado, como o seu, igualmente, já que há uma possibilidade real que ele saia de última hora. Do tipo: eu não queria, mas farei isto em favor de…, como soldado do partido não posso deixar de…, enfim, saídas a Maggi  não faltarão. E ele, claro, ‘cobra criada’, as terão na manga e poderá falar sobre cada uma delas (sobre porque resolveu sair a candidato) de cor e salteado.
E mais, não precisará colocar como sempre fez em todas as suas campanhas eleitorais, as mãos no bolso, porque quem quer e precisa, banca, não é verdade!

Agora até lá, ainda muito água vai rolar debaixo da ponte. Neste ínterim, o senador do PR vai um dia voltar a ser simpático à candidatura de Taques, no outro vai avisar que não tem nada contra, mas não vai subir no palanque porque ele é Dilma ‘desde criancinha’. E, assim, ele vai levando. Armando, silenciosamente, um circo à altura do Circo de Soleil, um dos maiores, mais caros e mais desejados espetáculo do mundo. Da mesma forma, muito possivelmente será a sua saída: cheia de holofotes e como uma redenção para Mato Grosso. É! Maggi  está com tudo e nem está prosa! (Risos)


Marisa Batalha é jornalista, mestranda da UFMT e Diretora de Redação da Folha do Estado

FONTE: http://www.folhadoestado.com.br/2014/05/05/quando-maggi-aceitar-a-disputa-claro-nao-tera-que-banca-la/#.U3dRn_ldV_8

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor deste Blog reserva-se desde já o direito de excluir todos e quaisquer textos e comentários que julgar ofensivos, caluniosos ou difamatórios que de alguma forma possam prejudicar a terceiros!