Tem se ouvido alguns comentários nas
mídias sociais e até já reproduzidos nos meios de comunicações, de que a falta
d’água enfrentada por São Paulo seria reflexo de desmatamento na Amazônia...
Não seriam meramente factoides? A resposta pode ser um ruidoso SIIMM!
Pode-se até aceitar essa
argumentação, pensando como pensam os ambientalistas radicais. Mas na realidade
a falta d’água enfrentada hoje em dia por cidades do Estado de São Paulo,
reflete exatamente a ausência de cuidados com o meio ambiente naquele estado. E
vale salientar que principalmente com relação a transformar a ocupação humana
maciça por avanços imobiliários com fortes interesses pelo que parece forçado
pelo poder econômico.
Ora, onde toda forma de ocupações
foram aceitas, sem se preocuparem com reservas de aguas no solo. Nem sempre o
que se preconiza na Lei é o que é necessário ao meio ambiente e aí vale a
avaliação dos técnicos e estudiosos do assunto que conhecem as necessidades
locais e sabem do comportamento na natureza da Região. Embora seja
imprescindível o acolhimento dos preceitos legais vigentes.
Pois bem, é certo que o
desmatamento de áreas na Amazônia até podem influenciar nas quantidades de
chuvas que caem no Centro Oeste e até mesmo no Sudeste. Porém, há que se pensar
com mais cautela sobre o fato.
Mas, o que mais deve ter
influenciado é o desmatamento naquele estado e naquela região do país. Assim,
de fato fizeram ocupações com impermeabilização do solo, com coberturas de
asfaltamentos e concretos, somados às servidões agrícolas com o desmate das
propriedades, onde foi certamente deixado o solo desnudo.
E, sendo assim, pode-se concluir
que sem a presença de vegetação arbórea nas propriedades, em que todas fiquem
praticamente sem coberturas vegetais necessárias e suficientes para manutenção
da umidade no solo, manutenção do microclima e conservação dos mananciais
aquáticos de maneira caudalosa, vem daí a faltar água. Faltar água até mesmo
para a “dessedentação” humana.
Pois bem, com todo esse desleixo notável,
a água se perde por evaporação com mais rapidez.
E assim, não dá de deixar de comentar que muitas das cidades brasileiras estão se descuidando das águas de córregos e “corichos” que correm no perímetro urbano. Estas “águas de córregos urbanos” estão se transformando, em muitas cidades, em verdadeiros esgotos.
E assim, não dá de deixar de comentar que muitas das cidades brasileiras estão se descuidando das águas de córregos e “corichos” que correm no perímetro urbano. Estas “águas de córregos urbanos” estão se transformando, em muitas cidades, em verdadeiros esgotos.
E em São Paulo não pode estar
acontecendo diferente, como até já deve ter acontecido casos irreversíveis ou
de difícil solução. Pois muitos dos mananciais estão muitas vezes canalizados
com tubos de cimentos e escondidos por de baixo da terra. Demonstrando assim toda a
falta de cuidados com a água no passado. E como resultado, está aí: Falta d’água!
Assim, fica, muito fácil e até cômodo hoje em
dia, autoridades e até pesquisadores, na ânsia da conveniência, citar
desmatamento na Amazônia para justificar descuidos ambientais no Sul e Sudeste
do país. Está passando da hora de todas as cidades do Brasil se preocuparem com suas águas, como um compromisso com as gerações futuras!
Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal em Mato Grosso Email: dosaviob@gmail.com
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