Em Mato Grosso cabe incentivar
bastante o crescimento da economia rural. Pois o nosso Estado tem grandes
extensão territorial com propriedades produzindo grãos, carne, e possui um enorme
potencial madeireiro a ser explorado em forma de manejo florestal.
É preciso que seja dado mais
apoio, investindo no desenvolvimento das atividades industriais que agregariam
mais valores à produção rural, às atividades que forneçam matéria-prima para
abastecer a economia local e do Estado.
Pois bem. O setor de base florestal
é e sempre será, um dos mais importantes, e que tem seu papel preponderante no
desenvolvimento e na sustentabilidade da economia do Estado, pois suas atividades envolvem o homem do campo. Bem este tipo de trabalhador que é o que menos se adapta às atividades
urbanas, e que se vê pressionado à fazer o êxodo e se deparar com os
transtornos que são as questões urbanas, como saúde, educação, transporte,
violência, moradia... Justo este que está menos preparado para as condições de vida urbana. O setor de base florestal gera uma considerável quantia de empregos direto e
indiretos e reflete positivamente no desenvolvimento. Conforme já descrito no meu artigo: MT: quantos dependem da floresta?.
Quando o setor de base florestal
vai bem, as outras atividades rurais também melhoram consideravelmente. Pois muitas das
questões de infraestrutura como estradas, pontes são feitas manutenção com apoio do próprio empreendedor no momento de escoar o seu produto, o que ajuda e muito o
poder público e também outras atividades que se beneficiam direta e
indiretamente.
As atividades econômicas
rurais em geral, merecem total apoio com incentivo à instalações de indústrias de
beneficiamento de alimentos, frigoríficos diversos, fábricas de ração para animais, esmagadoras de soja e
castanhas para produção de óleos, fábricas de doces, sucos, farinhas. Também se deve atrair instalações de Indústrias têxteis (entre outras) em Mato Grosso, para aproveitar farta mão de obra que existe ociosa no campo e nas cidades, e a grande produção de plumas de algodão, grãos, carnes, madeiras, frutos, que o Estado possui.
É preciso atrair investidores com
incentivo a instalarem fábricas e indústrias
moveleiras para aproveitamento do enorme potencial produtivo da região madeirável, e da
mão-de-obra existente e disponível.
O Estado está perdendo demais, desde que se iniciou uma enérgica política nacional de meio ambiente, onde promoveu a aniquilação do setor de base
florestal e rural, que é e foi bastante sentida em nosso Estado.
Ora. Todo político de carreira e empresários
do setor são sabedores de que Mato Grosso vem passando por período difícil e de desestabilização do setor de base florestal, aliado a constantes e frequentes alterações da
legislação ambiental. E ainda apesar disso tudo, ainda passa o órgão ambiental, por diversas e necessárias adaptações.
Pois bem. A economia rural do
Estado se sustenta principalmente num tripé: Madeira, pecuária e agricultura. Assim,
já é um indicativo de que tais atividades necessitam de uma atenção especial por parte do governo,
visando paulatinamente, fazer todo o beneficiamento de toda matéria prima produzida dentro do nosso Estado,
assim agregando mais valor à produção regional e localizada nos municípios
produtores. Fazendo com que as atividades e empreendedores, bem estimulados, favoreçam
a fixação de trabalhadores no campo e nos municípios. Promovendo, dessa forma,
mais desenvolvimento para o interior do Estado e aproveitando da produção primária,
gerando emprego e renda, e quem sabe assim, reduzindo os problemas urbanos que tanto afetam as
grandes cidades.
Mato Grosso tem enorme potencial
produtivo no campo. Bastando ação firme de um governo visionário com capacidade de entender o
funcionamento e dinâmica que melhor se adeque ao Estado, e que este dinamize sua
economia e permita que as atividades rurais se desenvolvam com vigor e força
marcante na sustentabilidade, impulsionando o crescimento do país, garantindo que obtenha mais credibilidade no cenário internacional.
Domingos Sávio Bruno é Eng°. Florestal - Inspetor Chefe Do CREA/MT-VG, dosaviob@gmail.com
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