Em tempos de eleições muitos se apresentam desejosos e cheios
de sonhos, com intuições de que devem dedicar um pouco da sua vida para ajudar
a coletividade. Então desejam serem candidatos a diferentes cargos. Para se
chegar lá, não basta só sonhar! Primeiramente há que se convencerem muitas
pessoas do seu circulo de amizades para nesse projeto lhe auxiliar. Daí vem
diversas dúvidas. Será que tais seguidores serão mesmo leais e fieis até o fim,
ao longo dessa jornada? Muitos até serão. Outros, apesar de mais próximos, vão lhes
encher de caraminholas a cabeça, principalmente se ele for um marinheiro de
primeira viagem, podendo até sorrateiramente
debandar para o lado do adversário que lhe oferecer mordomias. Ah, isso
acontece muito! Mesmo dentre amigos, alguns dirão que este ou aquele companheiro
não merece atenção, e daí já faz uma desagregação de grupos e abalam a solidez
da campanha, ao invés de construírem uma aglutinação sólida. É a competição
indireta que se instala, ou fogo amigo.
Pois bem, os antigos afirmam que na vida o coração deve
sempre funcionar como um guia em todos os momentos. E não deve se deixar
influenciar por sentimentos pequenos que destroem os conjuntos e separam amigos
leiais.
Muitas pessoas entram nessa luta com sentimentos negativos, carnais,
que os apequenam e os levam por caminhos que no fim não lhes agradam. Candidatos
que entram na campanha, rancorosos e com ódio
de seus adversários e usam todas as formas negativas para desonrarem o seu
próximo, estes, certamente não deverão transmitir confiança e nem segurança a
população que até os temem. Eles Temem no meio de tudo, sofrerem represálias de
alguma forma, ou ver sofrer algum amigo ou pessoas próximas, pela eleição dessa
pessoa.
Candidatos despreparados, não só no aspecto do conhecimento e
cultura, mas também psicologicamente, acabam no meio de sua trajetória de
campanha evitando cumprimentar amigos, companheiros de luta, passando
desconfiança e até afastando-os da sua companhia por motivos esdrúxulos como
sentimentos de inferioridade, por às
vezes dispor de pouco recursos financeiros para a campanha. Acabam muitas vezes
frustrados no fim com uma derrota. - Coisa que deveria ser vergonhoso para
casos contrários, onde candidatos declaram gastos de valores exorbitantes, que
dá até para questionar: Como vão recuperar esse montante? Com o salário que vão
receber? No mínimo estranho!
Outro sentimento que os candidatos deveriam evitar é o medo. Pois muitos até desejam estar em
campanha, mas quando percebem a enormidade dos problemas que os rodeiam e que
deverão estar dispostos para resolverem a maioria deles. E quando percebem que
muitas pessoas esclarecidas estarão seguindo e querendo saber como tudo será
feito... E ao mesmo tempo sabendo que também dentre grupos forças ocultas
aparecem como que do nada, dando-o a entender que deverão seguir algumas
regrinhas do jogo político, muitos fraquejam e daí demonstrando medo e
insegurança, que torna os eleitores mais atentos, arredios que fogem desses
tipos.
Já candidatos que fazem muitos planos, e por medo de não
conseguirem a realização, acabam com o sentimento de culpa, por não chegarem ao topo e por não conseguirem realizar tudo
aquilo que havia desejado e prometido aos seus companheiros de grupo e a toda a
população. E acabam por desanimar, esquecendo que na vida a luta não se resume
em vencer só uma disputa de eleição. Mas sim, todo dia a vida coloca novos
desafios que todos tendem a enfrentar e muitos os vencem. Novas oportunidades
surgem até mesmo das derrotas.
O homem que desejar se candidatar e ajudar seu próximo e
quiser obter sucesso deve antes estar livres de sentimentos negativos, como o
ódio e o rancor e sentimentos de inferioridade.
Devem evitar o medo e devem estar livres do sentimento de culpa. Devem deixar
o coração livre para agir, alimentando-o com sentimentos construtivos como o
amor ao próximo. Deve possuir projetos adequados. Deve possuir uma história sem
máculas, bem como seus assessores devem assim também ser escolhidos. Porém
devem usar todos os recursos existentes, como estratégias, pesquisas e
marketing de forma segura e profissional. Mas por fim não deve estar sendo
candidato por obrigação como quem vai para um sacrifício. O candidato antes de
tudo deve dizer para si mesmo: Eu quero ser candidato!
Domingos Sávio Bruno
é Engenheiro Florestal e escreve todas as quintas para o site NOPODER -
Email: saviobruno@terra.com.br
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