De nada vai adiantar o Brasil construir mais presídios. De nada vai
adiantar construir mais escolas. De nada vai adiantar formar mais aprendizes e bacharéis...
Se não houver investimento em políticas que gerem trabalho remunerado, as
pessoas continuarão carentes e continuarão sendo lançadas para marginalidade.
De nada adianta vultosos investimentos nessas áreas, se não forem
criadas mais frentes de trabalho para atender a gritante demanda.
De nada adianta escolas e equipamentos de ponta, se não se preverem uma
educação de qualidade, com professores bem preparados e satisfeitos.
De nada adianta formar doutores, se não houverem empregos decentes para
absorver a quantidade que entra no mercado e fica subutilizada.
Ora. Se não for pensado urgentemente a criação de parques industriais em
municípios e estados produtores, para gerar renda, emprego e impostos, vamos
encher o Brasil de cadeias e a população continuará sofredora e marginalizada
e sonhando com a tal sustentabilidade.
Até mesmo os presídios deveriam gerar formas de rendimentos, para quem fosse
ou for qualificado, trabalhar internamente. Ora. Para seu próprio sustento e
para gerar rendimentos para o tempo em que presos forem soltos, pensando na sua readaptação à vida e à sociedade. Aí sim, haveria
possibilidades em se pensar em apenados sendo recuperados. Ou isso não é possível? Basta vontade política.
O Brasil não precisa de cárceres, o país precisa de criar empregos e frentes
de trabalhos para a ocupação da força humana ociosa, que certamente é
gigantesca no país. É preciso se preocupar com a oportunidade de emprego para atender a juventude também.
Pois bem. O país é recordista de produção no campo. Está faltando um visionário
fazer a conexão entre o potencial existente de matéria prima da produção primária, com a
farta mão de obra ociosa. O resultado certamente será extraordinariamente bom,
pois é galáctica a demanda por produtos industrializados, que o mundo
globalizado necessita. Quanto mais emprego, mais progresso. E isso certamente atenuará a questão da violência, que se alastra.
DOMINGOS SÁVIO BRUNO é engenheiro florestal em Várzea Grande/MT
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