A política da atualidade
parece que vem sendo recheada de algumas práticas, que certamente já ocorreram
no passado, mas parece que nunca assim com tanta audácia, arrogância e
desenvoltura dos atores, como agora. Chegando até ao cúmulo de ameaças públicas,
em sites de notícias, em caso de cassação.
Tem se notado uma forte necessidade
em se estudar o comportamento dos políticos, devido à inovação dinâmica
existente, pelo que se comentam, parece estar virando hábito “o fisiologismo
patológico, que está ficando crônico”, e que vem invadindo o cenário político.
Principalmente entre os principiantes, que não demonstram possuir maturidade,
ideologias e nem identidade política.
Chega a ser irônico para
quem pensa em evolução dos conceitos. O que leva a crer que há alguns conflitos
com a ciência política, contrariando algumas teorias, como a da predileção e da
escolha racional.
Atualmente a conduta de
alguns políticos tem sido cada dia menos previsível por quem possa tentar antecipar
suas atitudes com relação aos interesses coletivos, partidários, dos eleitores
e correligionários. Ampliando essa dificuldade, conforme diminui o grau
cultural dos mesmos.
Parece que os acordos e
comprometimentos esquematizados e anunciados em palanques, podem ser
completamente mudados a bel prazer daquele que recebeu o mandato público,
depois da sua posse. Como votar independente dos seus pares, por exemplo. Denunciando
que nem mesmo os partidos políticos possuem algum projeto, ou autoridade sobre
seus membros eleitos em pleitos.
Na Várzea Grande/MT, foi bastante
comentada a debandada dos três vereadores do DEM e de três dos quatro
vereadores do PSD, nesses últimos dias, desde a posse dos eleitos. Bem, apoiaram
e elegeram para a mesa diretora, vereador do PMDB, por 13 votos a 9, mesmo
sendo partido adversário aos seus, e com recomendações contrárias dos seus
líderes, praticando às claras, e em voto aberto, ato genuinamente de infidelidade
partidária! Cometendo uma ação arriscada, atrevida, mesmo como se comentam, não
possuindo poderes de independência dos partidos no exercício dos seus mandatos
para tanto. O que já sugere ação judicial a vista, por deslealdades entre pares.
Por que cada vez mais,
práticas como essa vem ocorrendo? Pode ser por desconfianças e/ou por
interesses próprios. E como pode ser contida, para que não acabe favorecendo
apenas uma parte, ou grupos, ou familiares dos políticos em detrimento da
coletividade? Pois, prejuízos dos partidos que deram o devido suporte para a
vitória destes nas eleições, lateja forte após esses atos.
Com isso tudo, a população fica
desejando que não seja afetado o bom andamento dos trabalhos, principalmente do
executivo, por rompimentos severos e divergências e por falhas no diálogo. Que naturalmente
é de difícil reaproximação.
Pois bem, assim como já
existe a lei da ficha limpa, também deveria existir uma lei da fidelidade e
responsabilidade partidária abrangente, para que esse hábito e prática
fisiológica não venham a ser considerados como normal, e para que sejam banidos
do meio. De forma que prevaleça a seriedade e compromissos dos pares. E, não
existam exercícios de cargos simplesmente por conveniências, onde os políticos
podem todas as coisas. De maneira a promover o respeito, a ordem na sociedade e
a preservação da vida e do bem comum.
Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal em Mato
Grosso Email: saviobruno@terra.com.br
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