sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

VG: FISIOLOGISMO?

A política da atualidade parece que vem sendo recheada de algumas práticas, que certamente já ocorreram no passado, mas parece que nunca assim com tanta audácia, arrogância e desenvoltura dos atores, como agora. Chegando até ao cúmulo de ameaças públicas, em sites de notícias, em caso de cassação.

Tem se notado uma forte necessidade em se estudar o comportamento dos políticos, devido à inovação dinâmica existente, pelo que se comentam, parece estar virando hábito “o fisiologismo patológico, que está ficando crônico”, e que vem invadindo o cenário político. Principalmente entre os principiantes, que não demonstram possuir maturidade, ideologias e nem identidade política.

Chega a ser irônico para quem pensa em evolução dos conceitos. O que leva a crer que há alguns conflitos com a ciência política, contrariando algumas teorias, como a da predileção e da escolha racional.

Atualmente a conduta de alguns políticos tem sido cada dia menos previsível por quem possa tentar antecipar suas atitudes com relação aos interesses coletivos, partidários, dos eleitores e correligionários. Ampliando essa dificuldade, conforme diminui o grau cultural dos mesmos.

Parece que os acordos e comprometimentos esquematizados e anunciados em palanques, podem ser completamente mudados a bel prazer daquele que recebeu o mandato público, depois da sua posse. Como votar independente dos seus pares, por exemplo. Denunciando que nem mesmo os partidos políticos possuem algum projeto, ou autoridade sobre seus membros eleitos em pleitos.

Na Várzea Grande/MT, foi bastante comentada a debandada dos três vereadores do DEM e de três dos quatro vereadores do PSD, nesses últimos dias, desde a posse dos eleitos. Bem, apoiaram e elegeram para a mesa diretora, vereador do PMDB, por 13 votos a 9, mesmo sendo partido adversário aos seus, e com recomendações contrárias dos seus líderes, praticando às claras, e em voto aberto, ato genuinamente de infidelidade partidária! Cometendo uma ação arriscada, atrevida, mesmo como se comentam, não possuindo poderes de independência dos partidos no exercício dos seus mandatos para tanto. O que já sugere ação judicial a vista, por deslealdades entre pares.

Por que cada vez mais, práticas como essa vem ocorrendo? Pode ser por desconfianças e/ou por interesses próprios. E como pode ser contida, para que não acabe favorecendo apenas uma parte, ou grupos, ou familiares dos políticos em detrimento da coletividade? Pois, prejuízos dos partidos que deram o devido suporte para a vitória destes nas eleições, lateja forte após esses atos.

Com isso tudo, a população fica desejando que não seja afetado o bom andamento dos trabalhos, principalmente do executivo, por rompimentos severos e divergências e por falhas no diálogo. Que naturalmente é de difícil reaproximação.

Pois bem, assim como já existe a lei da ficha limpa, também deveria existir uma lei da fidelidade e responsabilidade partidária abrangente, para que esse hábito e prática fisiológica não venham a ser considerados como normal, e para que sejam banidos do meio. De forma que prevaleça a seriedade e compromissos dos pares. E, não existam exercícios de cargos simplesmente por conveniências, onde os políticos podem todas as coisas. De maneira a promover o respeito, a ordem na sociedade e a preservação da vida e do bem comum.

Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal em Mato Grosso Email: saviobruno@terra.com.br



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