Em suma a acessibilidade é
a permissão ou condição de facilitar a locomoção com segurança, autonomia de
acesso às edificações, ambientes públicos e privados, de pessoas portadoras de deficiências
e idosas, bem como pelas vias de passeio da cidade.
Certamente que a garantia
do direito da acessibilidade, deveria partir de todas as esferas do poder.
Contudo, por ser uma tarefa cabível a diversos órgãos da prefeitura, passa a
figurar apenas no papel. E, na prática, restam atrapalhações para quem dela
depende.
Conflitos existentes podem
gerar dificuldades aos demais órgãos que não estiverem bem conscientes das suas
atribuições e funções, podendo até deixar relegar o compromisso ao segundo
plano. O que na prática chamaremos de desleixo do poder público municipal.
Assim, havemos de observar
as questões das funções de cuidar da arborização urbana, bem como das condições
dos passeios ou calçadas, que estão intimamente ligadas ao meio ambiente, como
jardinagem ou paisagismo. Todavia, na Várzea Grande, essa função está
aparentemente deixada de lado, apesar de parecer ser atribuição hoje da
SINFRA/VG. Tal fato remonta a falta de cobrança e comodismo dos munícipes que
não observaram ainda o problema, que viaja no tempo. Seria da SEMMA ou da
SINFRA a culpada pelo descaso? Pelo que tudo indica, as duas secretarias
tiveram suas parcelas de participações, não?
E a Guarda Municipal onde
fica nessa disputa de atribuições? É parceira necessária e fundamental. Tem
sido uma boa parceira nessa lida? Será que fiscalizou e autuou, nesses casos?
Ou não seria atribuição dela coibir que motoristas estacionem em locais
impróprios? O fato é que muitos veículos ficam estacionados sobre as calçadas
da cidade e que por isso já causou diversos danos nas mesmas, passando a criar
condições de riscos de acidentes aos transeuntes.
Pois bem, se não for
procurada uma solução em breve para impedir que infratores ocupem locais
irregulares para estacionamento, (sobre calçadas e passarelas), já se pode
imaginar como ficará a acessibilidade aos deficientes e idosos? Praticamente
impossível de se locomover! Se as autoridades não definirem o certo de quem é
essa competência... E não delegarem competências aos órgãos afins, os danos serão
elevados, principalmente para os proprietários dos imóveis onde os fatos são
mais freqüentes.
O que se nota na cidade, que
muitas das vezes, os pedestres são obrigados a saírem da segurança das calçadas
e descerem até a rua para dividir o espaço com veículos em movimento, criando
situação de riscos de acidentes.
Um belo exemplo de risco de
acidente está evidente logo em frente da casa de leis da cidade. Ali, próximo
ao muro de um clube, as árvores no meio das calçadas estão sem sinais de
cuidados, e já com seus galhos volumosos sobre calçada e rua. Onde mais alguns
metros, no sentido para o centro da cidade, em frente ao escritório local da
inspetoria do CREA/MT, encontram-se dois buracos enormes abertos no meio da
calçada, formadas por conta de estacionamento indevido de veículos sobre os tampões
de bueiros. Com clara possibilidade de vitimar gravemente pessoas desatentas
que por ali passarem principalmente idosos, e no período noturno. Exigindo
assim, que uma definição breve, da responsabilidade por parte da procuradoria
geral do município, sobre cuidados de calçadas, jardinagem e arborização. Ou a
SINFRA, OU a SEMMA! E, que sejam tomadas providências e de maneira urgente,
para que a cidade mude realmente, e para muito melhor, permitindo melhores
condições de acessibilidade.
Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal em Mato
Grosso
Email: saviobruno@terra.com.br
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