As cidades andam recebendo umas
quantidades excessivas de pessoas em busca de solução para o problema de
emprego e de sustentação de suas famílias, e de pessoas que desejam progresso, etc. Com isso tudo ao invés de um
crescimento organizado, as cidades estão inchando e avolumando com isso o
desemprego, os problemas de saúde, os problemas de moradia, as dificuldades com escolas e demonstrando
fragilidade na educação, no transporte e na segurança pública, entre outras
áreas.
Contudo o governo tem investido nesse sentido, mais em
projetos sociais, como minha casa minha vida, bolsa família e outras formas de
assistencialismo. Muito se têm comentado pelos políticos as vantagens e as desvantagens desses projetos de assistencialismo. A princípio existem muitas
vantagens a ser destacadas, mas parece que os resultados apresentados ao longo
do tempo tem demonstrado crescimento desses gastos com assistencialismos e não tem havido a
regressão dos problemas.
A liberação de diversas vantagens
como créditos para aquisição de veículos populares, habitação, parece não estar
surtindo um efeito muito positivo, uma vez que se agravam a questão da acessibilidade com tantos veículos em circulação. Porém, a necessidade de moradia é uma constante e cresce a cada dia.
Além do que, os cidadãos contemplados com financiamento de veículos recebem juntamente com seus sonhos, um livro de contas a pagar, que mais parece uma escravidão... Pois parece o cidadão acabar por trabalhar para pagar até mais que três vezes o veículo adquirido. – É uma doce ilusão!
Além do que, os cidadãos contemplados com financiamento de veículos recebem juntamente com seus sonhos, um livro de contas a pagar, que mais parece uma escravidão... Pois parece o cidadão acabar por trabalhar para pagar até mais que três vezes o veículo adquirido. – É uma doce ilusão!
Já famílias inteiras contempladas
com o sonho da casa do projeto da casa popular, acabam por ficar confinadas em
locais distantes do centro, onde demanda mais transportes populares e coletivos
para deslocarem para resolver os seus problemas do cotidiano, em busca de
continuar a sobreviver nas cidades. Além de precisarem de mais escolas, postos
de saúde, segurança, etc. Muitas dessas famílias, diante de tamanha dificuldades, vendem suas casas e retornam para seu local de origem, mesmo significando local de riscos, movidos pela necessidade de sobrevivência e falta de orientação, perdendo os benefícios conseguidos.
Ora, com a velocidade com que as
cidades incham e os problemas crescem, acendem também o pensamento de que se
outras soluções tivessem sido pensadas e buscadas talvez tivesse sido melhor do
que confinar pessoas em cubículos, onde estas ficam praticamente condenadas a
sobrevida, dependendo de ajudas assistencialistas do governo, para manter suas
famílias, que não tem uma solução permanente para a questão da sua
sustentabilidade. Pois com o despreparo para a vida na cidade, somada ao desemprego, tendem a agravar os problemas das cidades, com saúde, violência urbana, etc.
Que outras soluções poderiam ter
sido apresentadas como opção para essas famílias, que muitas vezes vêm do campo por falta de condições de se manter? Ora, uma alternativa teria
sido o incentivo a permanência do homem do campo, no campo! Pois com a
desestabilização da vida rural e a com inversão de valores e imposições de
dificuldades para atividades de agricultura de sobrevivência e de agronegócios,
obrigou praticamente que aquela população que sobrevivia da vida no campo,
tivesse que buscar seus sustentos nas cidades, obrigando assim que medidas
assistencialistas fossem alternativas para diminuir a tensão dos problemas
sociais nas cidades, o que onera cada dia mais o poder público.
Mas que alternativa que poderia
ter sido usada então? Bem, muitos dos problemas sociais são por conta da
procura do cidadão por escolas para educação dos seus filhos. Outra procura é o
sustento das famílias, que são feitas por prestação de serviços informais. E também
a constante busca por suprimento de alimentação, medicamentos, vestiários,
etc. Pois bem, tudo isso poderia ser encontrado com a fixação e fortalecimento
das famílias com aptidão para a vida no campo, contemplando-as com espaços de
terras férteis e lavradias, nos lugares de origem desses cidadãos. E assim, fortalecendo
suas atividades com ofertas de recursos financeiros, assistências técnicas,
insumos e matérias primas essenciais, e apoio de mercado com logística para colocação
dos seus produtos, oriundos de seus esforços.
De que adianta falar tanto em
sustentabilidade se o que se nota é completamente o contrário dos discursos?
Ora, Até hoje pecou o governo em ampliar as dificuldades com a burocratização
para a regularidade das atividades produtivas no campo, oque levou muitas
famílias a enfrentarem dificuldades jamais pensadas nessas cidades inchadas e “favelões”! Muito embora o "projeto minha casa minha vida" seja uma boa solução para esse problema latente em nossos dias, que poderia ter sido amenizado com a manutenção dos trabalhadores rurais no campo.
Atualizado em 01/09/2014
Atualizado em 01/09/2014
Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal em Mato Grosso Email: dosaviob@gmail.com
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