sexta-feira, 25 de novembro de 2016

PRODUÇÃO E VONTADE POLÍTICA

Resultado de imagem para foto domingos sávio brunoO mundo passa por momento delicado. O Brasil passando por crise, demonstrando que pode vencer. Em 2017 já deveremos ver a curva parar de declinar e iniciar a subida. Pode demorar a recuperação. Mas não se pode baixar a cabeça neste momento. A hora é de persistir no que está dando certo e descartar as ideias que leva a letargia e estagnação dos setores que contribuem com o crescimento. Além das dificuldades econômicas e financeiras, como o país, o Estado de Mato Grosso também vai superando as deficiências. Em Mato Grosso o agronegócio tem feito a sua parte e se percebe o estado se mantendo.

Ora. A solução está na boa vontade de todos. O governo deve pensar em estimular mais o setor produtivo, e nele envolver o setor florestal, que pode auxiliar e muito, tanto na produção, com geração de emprego e renda,  como também ajudando nas melhorias de padrões ambientais, para os municípios onde pertençam as suas propriedades rurais e projetos de manejo florestal. O setor florestal por hora, é um gigante com enorme potencial adormecido. Pois é preciso que se tenha vontade em vitalizar o setor como outrora já movimentou bastante a economia deste estado.

É hora do governador parar e pensar. Será que no auge da produção e exploração madeireira, o estado e seus municípios madeiráveis tiraram algum proveito direto e duradouro das empresas e empreendedores que aqui enriqueceram? Parece que não há nada de muito significativo. Parece mesmo que só deixou algumas migalhas em forma de salários a serviçais e a contribuição impositiva legal para o transporte dos produtos.

É preciso que seja dado um estímulo ao setor florestal, tornando-o novamente rentável e viável para que possa investir sem a sombra do pessimismo e da insegurança jurídica. E quando se falar em setor florestal, lembrar que não é fazer exploração de madeira em forma de desmatamento, que se pretende. Mas sim, através de manejo florestal, reflorestamento, recuperação de área degradadas... Todavia, isso não pode mais ser tratado como caso de polícia, como tomou esse rumo e arrasou o setor, num passado recente. Mas algo precisa acontecer no sentido de se potencializar as indústrias com melhor supervisionamento. Existem diversos profissionais habilitados e capacitados no mercado, aptos para o exercício de suas atribuições. Todavia, isso ainda pode ser supervisionado pelo próprio estado, através da SEMA, ou outro órgão a ser criado para tanto. Mas que cada empreendimento, apto, mantenha no local, um responsável técnico qualificado e habilitado para fazer o controle, supervisão e acompanhamento das saídas dos produtos, dos referidos projetos aprovados. E mais, o estado pode criar dispositivos para  que o responsável emita a informação, do momento do início do movimento da carga, na hora da sua saída, e recebendo tais informações da sua chegada ao seu destino, em tempo real.

É preciso que se entenda que a exploração madeireira é uma atividade econômica benéfica. Por isso mesmo que as universidades formam anualmente profissionais para atender a demanda. As universidades certamente oferecem vagas para formação e qualificação desses profissionais, devido a esse enorme potencial existente, que é pouco, ou não aproveitado. Pois a solução para o momento de crise pode estar em saber reestruturar, fortalecer e fomentar as atividades das indústrias madeireiras na região norte de Mato Grosso, dando a devida prioridade para se cumprir a agenda florestal positiva, dentro da SEMA/MT ou criando um órgão exclusivo para tais cuidados. Esta é uma situação que merece a atenção do governo do estado.


Domingos Sávio Bruno é engenheiro florestal em Mato Grosso – dosaviob@gmail.com


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