Ao longo da vida aprendemos
que tudo que nos acontece é fruto daquilo que nós mesmos permitimos ou apoiamos.
Temos o livre arbítrio de escolher nossas amizades, nossa profissão, nosso
trabalho, nossos representantes, até em que cidade morar, etc. e tal.
Pois bem, nessas
circunstancias e nessa altura da vida em que já chegamos, percebemos que muito
pouco agora se pode mudar dessas alternativas. Umas foram acertadas, outras nem
tanto, principalmente as políticas que erramos muito mais, pois depende da
vontade coletiva. Ora, basta dar umas voltas pelas redondezas e já se nota a isso!
Em nossa cidade já passamos
por diversas gestões de prefeitos. Sem que tivesse acontecido a devida adequação
das diversas das questões que até hoje ainda estão pendentes. Cada dia parece
mais aumentarem do que se resolverem os problemas da nossa cidade. Seria tudo
isso por conta de um crescimento desordenado da população? Ou é simplesmente
por falhas dos edis e mesmo das administrações passadas? Toda população espera
uma resposta do gestor que esteja no trono do paço. Mas, tão logo eles assumem
e já se sentem “Sua Majestade o Prefeito”. O cara, aquele que pode sempre
elevar a cobranças de taxas e impostos. E o povo? O povo continua com seus
sonhos, hibernando. Amargando mandato, após mandato. Mas o que permanece
afinal? Permanecem ainda, as nossas esperanças. Porém, muitos até já se
cansaram.
Bem, os problemas toda
cidade tem. Eles sempre existiram na nossa cidade, e nunca foi bem resolvido
mesmo. Até que um dia, eis que surgiu um jornalista, daqueles que consegue
mesmo fazer barulho, e disse: “que a sina da Cidade Industrial é continuar
pelos próximos dez anos sendo um ‘favelão’ de Cuiabá.” E isso foi falado em 13
de abril do ano que passou.
Com isso, alguns vereadores
e parte da população se irritaram, mas no fim acabou sendo como uma luz para
que todos pudessem ver a realidade, que no caso, o “Rei, o cara, estava nu”. E,
na dança das cadeiras, com entra e sai de prefeito, na realidade, nem o povo e
nem ninguém, percebia o óbvio: Que o “Rei” parecia estar nu. Nu de habilidades
políticas. Nu de competências para buscar recursos e para administrar o
existente. Nu de idéias para resolver os problemas eminentes e latentes. Nu de
parceiros, apoiadores e seguidores.
Daí, com tantas luzes, perceberam
que além de muitas pedras no meio do caminho, havia também muitos buracos!
Pedras e buracos? Sim entraves e rombos. Bem mais isso, todos podem muito bem
verificar nos noticiários e comentários dos jornais e da mídia em geral.
Ah, “No meio do caminho
tinha uma pedra”. E os buracos dos caminhos? Ora, esses estão por toda parte e
são muitos. “Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas
tão fatigadas.” Diria Carlos Drummond de Andrade.
Na nossa cidade se formos
verificar no primeiro momento é urgente que se criem metas para solução dos
problemas, principalmente dos buracos dos nossos caminhos. Para tanto, que
sejam organizadas medidas para solucionar tudo isso. Já corre pelas redes
sociais comentários e sátiras a respeito do fato. E os atores do paço, e edis
da sustentação, que se preparem! Pois a “Cidade Polichinelo” logo vai ganhar
fama na rede Globo, na Record, no SBT e na BAND, em nível nacional.
E por que essa fama assim
de repente? É que nunca antes na história desta cidade, houve tantas sátiras e
brincadeiras com nossas dificuldades, depois da declaração que acordou a todos
para a realidade. Afinal, seremos coadjuvantes numa copa do mundo em 2014, e a
entrada principal será pelo Aeroporto Internacional Marechal Rondon.
E assim segue a
brincadeira, como já circulou na internet, sugerindo a organização dos buracos
unidos para satirizar o caos: “Os Buracos Se Organizando Na VG - Aqui na VG vai
ser preciso a criação de um departamento especializado para esse fato, pois
está sendo necessário fazer um cadastramento dos buracos que já não estão
encontrando mais espaços para se instalarem. E olha que estão chegando cedo
para as filas. A fila dos buracos já está enorme, e ainda tem mais buracos
fazendo mais filas para entrarem nas ruas. Nas redes sociais estão pedindo
calma e que os buracos não saiam mais nas ruas, senão vai se instalar o caos
definitivo. E haja crateras nos desvios da copa! Já estão ocupando até as
calçadas! Quem parece estar muito feliz com tudo isso são os proprietários de
oficinas e os mecânicos que estão aproveitando para faturar.”
Pegando carona, circulou
ainda nesta semana, que países como o Canadá, adesiva seus asfaltos com fotos
de buracos, desde 2009. Alegam que é para que motoristas reduzam a velocidade.
Todavia, houve controvérsias nessa história, e apontada no link que segue como
farsa. (http://www.e-farsas.com/controle-de-velocidade-no-canada.html) -
“Mostrado pelo blog especialista em propaganda AdverTo Log, que essas fotos dos adesivos fazem parte da
campanha "Pioneer Suspension: Pothole". Feita pela agencia Young
& Rubicam Everest - no ano de 2007, em Mumbai na Índia.
Já achávamos que os
canadenses estavam doidos de inveja por não saberem como é andar por ruas
esburacadas assim como já estamos há muito tempo habituados.
Moral da história:
Esperamos sempre seriedade dos nossos representantes eleitos. E, portanto, devemos
continuar esperançosos, mas sempre vigilantes! Ainda estamos apenas no início
deste mandato, assim acreditando que os mesmos ainda merecem crédito e tempo.
Se não todos, mas muitos, dos
atores neste ato em tela, ainda possuem muitos objetivos a seguirem na vida
pública. Portanto, não vão querer deixar seus nomes e planos findarem num só mandato,
do tipo catapora. Engolidos nos buracos e promessas sem soluções.
Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal e escreve
todas as quintas para o site NOPODER - Email: dosaviob@gmail.com
Vamos por mais 2 anos e meio ser um favelão de Cuiaba sem duvidas.O povo merece o mau prefeito que tem.
ResponderExcluirO jornalista Onofre Ribeiro afirmou que a cidade de Várzea Grande deverá continuar como favelão de Cuiabá por pelo menos mais dez anos. O que acredito que possa se confirmar. Todavia, conhecendo a realidade desta cidade a fundo, por ter percorrido toda a extensão do seu perímetro urbano, e por ser minha cidade natal, conhecendo-a bem, acredito que essa realidade deve perdurar por pelo menos uns 15 a 20 anos dessa forma. A contar com o modelo e forma de administrar uma cidade, bem como a forma de escolha dos candidatos para as disputas a cada 4 anos, pouca mudança tem ocorrido e assim deverá permanecer sem muito desenvolvimento, pois depende quase que totalmente do comércio para a sustentabilidade. Assim, com uma população mal remunerada e pobre, pouca coisa se poderá perceber ao longo do tempo, de melhoramento e embelezamento arquitetônico.
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