quinta-feira, 11 de julho de 2013

DIAS DE LUTA

Junho de 2013 será um marco histórico. Daí pra cá, no Brasil e no mundo tem acontecido fortes mobilizações da sociedade, principalmente dos jovens. São pessoas cansadas de tanto conviver com esses problemas crônicos, que clamam, querem ver sua solução imediata. Isso tudo após duas gerações de silêncio das massas neste país. Há casos que podem ser decididos já. Mas também é sabido, que muitos já estão “cronificados” e são frutos da minimização dada pelos atores de outrora, principalmente.

Ora, se os paralelepípedos se arrepiaram. A banda orquestrada pediu passagem, lembrando-se dos feitos dos ancestrais, pensando no que deixar para sua prole. Pois bem, essa gente desfocada, despindo e desejando despir-se de toda cegueira, querendo deixar pra traz toda falta de união, todo sono esplêndido, toda distração que vem das antenas da TV, segue unida em manifestações rumorosas pelas avenidas afora.

Pena que ainda se tenha que seguir em multidões, lutando e implorando pelo pão e carregar pedras após ascensão social, com medo de uma queda. Ah! Quem são estes? São penitentes! Certamente. Mas, agora com traços ferozes impregnados nas suas essências. Frutos do de sofrimentos passados. “Tinham direito a uma alegria fugaz” Só queriam cantar, dançar e ver novelas na TV! E gritar goooooooooooooool. Era “evolução da liberdade”?

 Agora, uma sociedade vulnerável, de doentes sem abrigo, sem pão, sem proteção... Seguem, nas filas das bolsas de assistências... Estas que não são bolsas de valores, mas que muito ajudam a segurar o grito de alerta!  Daí seguem cheirando a gás de pimenta, de bombas morais e confrontando com homens da lei, depredando seus únicos patrimônios, os públicos.

De certo perderam o senso, foco e lideranças! Mas também há que se lembrar, de que tudo originou da década de 1980, como dizem os estudiosos, do desejo reprimido de parte da sociedade neoliberalista. Ora, o neoliberalismo, modelo que impõe uma lógica individualista, que segue de encontro ao anseio natural de associação e mudança por parte da juventude. E, que pelo visto, já perderam duas gerações e nada viram de mudança efetiva, a não ser “a mão que balança o berço esplendido”.

Queriam viver como filhos da santa e foram confundidos com os filhos da outra e esquecidos da sorte. Agora gritam e gritam! Mas, como os paralelepípedos se arrepiaram, estes foram alçados e vieram a cair nas vidraças e nos telhados de vidros de quem ainda tem alguma consciência de que vergonha na cara faz bem pra saúde, para educação, para o transporte, para a segurança... e para todos. São muitos! São fortes os ecos de quem sabe o que quer, mas que não dá sinais de organização para dizer o que quer, e terminam atirando nos seus próprios pés. E nos daqueles que trabalham e pagam impostos. Mas a mensagem há de ser ouvida! Nada é em vão!

De calados, vitimas da calada das noites, de imbróglios orquestrados, agora lançam “gritos desumanos” que ecoam nas avenidas. E na ânsia da resposta, tentam demonstrar alguns, que vale ainda boa vontade! Logo agora, quando a dor é tanta e crônica, e o remédio é amargo demais! É! “De quem é a cara de babaca, se as eleições estão bem aí”? Bem, todos podem dizer. No coração de toda essa gente mora o desejo de viver pleno direito, com todo respeito e conforto de uma pátria, e de ser um cidadão. É! Desejo dessa gente é ter uma nação, que cuida de todos sem discriminação! Crianças, jovens e velhos, em plena igualdade, liberdade, fraternidade e felicidade, como sonhavam século atrás.

Ora, talvez o mundo não seja mesmo tão pequeno! Mas, é certo que, navegando em velocidade de “HIPERINTERNET”, as ideias dão volta ao mundo num segundo. E as multidões unidas pelos sonhos, se multiplicam num estalar de dedos. Ah! O sonho não acabou!


Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal  em Mato Grosso Email: saviobruno@terra.com.br

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