O tempo passa, e parece até estranho ter
que tocar em assunto tão propalado e repetido! Mas, pelos resultados que se tem
obtidos e que não são nada satisfatórios, há que se tocar novamente no tema
SEMA. Morosidade e marasmo é o que se pode notar com relação às LAU e CAR na
SEMA.
Ora, profissionais e empreendedores que
dependem da aprovação de projetos junto àquele órgão tem se desesperado com a
completa inércia que se tem vivenciado ali em alguns setores como a GMP- GER. DE MONITORAMENTO DE PROCESSOS,
COGEO – Coordenadoria De Geoprocessamento, entre outros, que se referem a
licenciamentos de propriedades rurais. É um caos o resultado de tanta
morosidade. E olha que já somam muitos dias nisso. Mas que só vem se
complicando com o passar dos dias, nesta gestão. Todavia os proprietários de
áreas rurais, empreendedores do setor de base florestal, engenheiros
projetistas, consultores, estão passivamente esperando por soluções por parte
do órgão. Mas se não houver uma cobrança mais acirrada ao executivo, ou
mobilização dos interessados, no sentido de se exigir do legislativo que assuma
o seu papel de promover diálogos com o governo para fazer uma adequação na lei
ambiental do estado, bem como algumas normas de modo a haver maior dinamismo
nos processos de licenciamento ambiental. E outras, até mesmo para
que se viabilize contratação de pessoal necessário de forma urgente.
Profissionais assim como eu, já somam
alguns prejuízos pela incompreensão de clientes, que não se preocupam e/ou não
querem se preocupar se o entrave é do órgão governamental ou sono esplêndido do
seu responsável técnico contratado. Quando estes empreendedores deveriam é
somar-se a luta de todos e cobrar mais os políticos da sua região, a sonhada
solução. Ora, a classe de engenheiros não é numericamente desprezível para que
as autoridades não enseje uma resposta rápida para o caso, mas depende de uma
maior participação de todos. Pois, com a união de todos os resultados serão
quase instantâneos. Pois os problemas existentes dependem muito mais de vontade
política que qualquer outra coisa, além de uma boa desenvoltura administrativa.
Há que se dimensionar a necessidade de recursos humanos para que cada setor
consiga atender sua demanda dentro do período estipulado, mas com capacidade de
vencer todas as tarefas existentes e em demanda. Há que se buscar quem conhece de ergonomia para tentar a solução.
Conforme comentários de corredores,
poucos, ou certos profissionais provavelmente ligados a entidades, que parecem falar
por si conseguem prioridades. Merece atenção de autoridades competentes. Ora, causa
estranheza, já que a maioria pensa em buscar outra área diferente para atuar,
pois com o repasse das atribuições do IBAMA para a SEMA através de termo de
cooperação técnica, muitos, ficaram gradativamente, praticamente inviabilizados
de prestarem serviços de consultorias, pois não se veem soluções nos seus
processos. E, conforme experiências sobre o órgão, não existem previsões para
uma solução, sem que haja intervenção ou mobilização e empenho da maioria
interessada.
O que anda acontecendo com a SEMA, pois se
muda secretários com frequência e os problemas que já eram crônicos, ficam
ainda pior com o passar dos dias? Ora, um processo de CAR – Cadastro Ambiental
Rural que deveria sair com no máximo de trinta dias, tem-se demorado até 06
meses ou mais, só para a sua associação junto a setores do órgão. Ora, isso é
certo que por falhas administrativas quanto ao remanejamento do quadro
funcional. Está faltando pessoal? É o que se pode imaginar e que a resposta
certamente é um sonoro siiim! Pois bem, certamente a questão só pode ser de
administração mesmo. Faltam profissionais da área florestal para atender tais
processos? Se faltarem, então porque não se contrata?
E o licenciamento Ambiental Único, então?
Demoram-se anos sem solução. O extremo rigor das análises geram pendências que
devem ser reanalisadas “e que ficam girando em um circulo vicioso sem solução”.
Com reanalises, e depois mais e mais análises dos atendimentos... E, cada
atendimento no processo pode levar até anos, para que sejam revisadas as peças
juntadas. E, quando chegam a reanalisar, as tais já estão desatualizadas, pois
as normas são dinâmicas, mudam todo tempo. E muitas peças não são possíveis de
serem reconsideradas, pois geralmente a questão está vinculada a base de
informações que exige novos meios de apresentação. Como por exemplos: Processos
apresentados na base DATUM SAD 69 que foram exigidas a conversão para SIRGAS
2000. O que acarretou mais ônus aos interessados e exigiu mais tempo de atenção
dos responsáveis. E, consequentemente, mais trabalho para o próprio órgão.
Entidades de Classe como a AMEF – Associação
Mato-grossense dos Engenheiros Florestais, através de seu presidente, a muito
tem buscado incessantemente uma solução para essas questões, mas que pouco ou
quase nada, profissionais da área vem se beneficiando com resultados práticos
no que é colocada à baila neste momento.
Alguns Deputados como Dilmar Dal Bosco e
José Geraldo Riva, se mostraram preocupados e buscaram viabilizar o setor com
sua influência e enviando documentos, elaborando projetos de leis, mas nada
parece sensibilizar o representante do órgão, na pessoa do seu secretário. E
isso, não é só de agora.
Ora, é extremamente necessária uma posição
do governador do Estado. Vem aí o período eleitoral! Deverá fazer menção do
assunto em seus pronunciamentos, sobre as causas ambientais ligadas aos
trabalhadores rurais, empreendedores e profissionais do setor de base
florestal. Não se pode pensar que não tem dado atenção para o caso, ou que tem
desprezando o assunto. Ora, então não tem tomado ciência em que pé se encontra
a SEMA, ou tem plena confiança em seu indicado para cobrir aquela pasta... Mas
os inúmeros processos permanecem ao mofo e às traças, no aguardo de uma ação
enérgica do governo! Pois são para grandes decisões que se elegem Governadores,
Deputados, Senadores para cada Estado da Federação...
Domingos Sávio Bruno é Engenheiro
Florestal e escreve para o site NOPODER
E-mail: saviobruno@terra.com.br
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