Em uma crença do Egito antigo, o deus da morte Anúbis, colocava a alma na bandeja de uma balança, e do outro lado uma pena. Se a alma fosse livre de qualquer pecado, seria mais leve que a pena e então mereceria entrar no paraíso. Se a alma fosse mais pesada que a pena era porque estaria com pecados, então seria devorada por um deus monstruoso. Esta lenda deu origem à ideia de que a alma tem peso.
Milhares de anos depois, em 1907, um médico americano chamado Duncan MacDougall tentou dar ares de comprovação científica para essa ideia. Ele colocou pacientes em estado terminal em uma cama com balança e quando os pacientes morriam, ele relatava uma perda de peso de 21 gramas.
A amostra deste experimento foi de apenas seis pacientes. Na internet tem a relação de cada um com as anotações bem detalhadas.
A primeira foi de um homem com tuberculose, que ficou sob observação durante 3:40 horas. Nesse tempo, ele perdeu peso aos poucos, em média 28 gramas por hora. E na hora da morte, segundo o médico, registrou a perda de 21 gramas.
“No instante em que a vida parou, o peso caiu tão rápido que foi assustador”, disse o médico ao jornal The New York Times.
Mas o peso registrado nos outros pacientes foi diferente. O segundo teria perdido 46 gramas. O terceiro, 14 gramas e, alguns minutos depois, mais 28. Com outro, o ponteiro da balança desceu e depois subiu de novo. O médico deu uma explicação no mínimo estranha para as diferenças, pois as relacionou com o temperamento de cada um. “Um dos homens era apático, lento no pensamento e na ação. Nesse caso, acredito que a alma ficou suspensa no corpo, depois da morte, até se dar conta de que estava livre.”
Para comprovar a existência de almas, MacDougall fez o mesmo teste com 15 cachorros e nenhum deles teria perdido um grama sequer.
Conclusão: Homens têm alma e cachorros não.
Cientificamente o experimento deste médico é considerado inválido por uma série de razões que ele desconsiderou. Mesmo com contradições MacDougall ficou conhecido pela sua falsa pesquisa científica. Quando morreu, em outubro de 1920, o New York Times anunciava sua morte com o filosófico título “Ele pesou a alma humana”.
A verdade é que uma alma imortal, imaterial e voadora, junto com Deus, espírito e Paraíso são invenções humanas que funcionam como uma ótima e bonita terapia filosófica, mas sem qualquer lógica ou indício de existência, como todas as invenções religiosas, e portanto qualquer tentativa de comprovação pela ciência é pura perda de tempo.
A maioria das pessoas são religiosas e em seu meio triunfam várias superstições absurdas, mas isto não é motivo para aceitarmos automaticamente ideias erradas criadas com objetivo de criar ilusões para enfrentar que a vida é finita.
Por isto o racional é aceitar o triunfo da ciência sobre as crendices que sempre deduziu que a vida mental reside no cérebro, e que uma alma muito mal explicada, que pode ser compensada ou castigada, com superpoderes de ascender aos céus não existe.
Carlos Mello é economista formado pela UFRGS, trabalha com Avaliações Financeiras e Cálculos Periciais. Reside em Porto Alegre.
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